“Marcha pela Educação” marcou o segundo dia de protesto dos professores do Estado e da prefeitura em Belém. O protesto saiu do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN) em direção à Secretaria Municipal de Educação (Semec), na avenida Governador José Malcher, e depois ao Centro Integrado de Governo (CIG), na avenida Nazaré. A paralisação continua hoje (25) e as aulas só devem ser retomadas amanhã. Os professores aderiram à mobilização nacional proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que reivindica o cumprimento do piso salarial e investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para educação. Os professores do Estado querem, entre as reivindicações, cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR). “O PCCR ainda não foi colocado em prática na íntegra”, afirmou Mônica Everton, coordenadora estadual do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp).
A categoria também pede jornada de trabalho de 200 horas, jornada fixa, e não por lotação. “Precisamos que nessas horas esteja previsto um momento para planejarmos as aulas”, disse a coordenadora. A proposta é que 40 horas da jornada de trabalho sejam dedicadas para as atividades de planejamento. Segundo Mônica, a categoria já alcançou uma conquista, que é o pagamento, a partir de maio, da gratificação progressiva de 10%.
A “Marcha pela Educação” reuniu cerca de 600 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. Os participantes seguiram em caminhada pelas ruas do bairro de Nazaré, onde o trânsito foi interrompido em alguns momentos em vias como as avenidas José Malcher e Nazaré. Tanto na Semec, quanto na Semad e no CIG os manifestantes não foram recebidos. A manifestação dos professores também contou com o apoio de alunos de várias escolas. A estimativa do Sintepp é de que cerca de 90% das escolas estaduais e municipais paralisaram ontem.
A Secretaria Especial de Estado de Promoção Social (Sepros) informa que não recebeu pedido para reunir com representantes do Sintepp. A Semec disse que reivindicações como progressão salarial do magistério, eleições diretas para diretores de escolas municipais e reforma e construção de novas escolas já foram negociadas em reunião no dia 23, e que os dias parados não serão descontados, caso seja apresentada proposta de reposição de aula.
(Diário do Pará)